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O Curling é um esporte olímpico de origem escocesa datado do século XVI. À primeira vista, nem parece esporte, mas é! O objetivo principal é colocar o maior número possível de pedras arredondadas no alvo de uma pista de gelo. Após o lançamento, por um dos membros da equipe, os "varredores" entram em ação. Eles esfregam vassouras na frente da pedra para diminuir o atrito com a pista, aumentando a velocidade e também mudando a direção da pedra.
Conversando com meu primo, Rafael Silveira Gomes (a quem devo os créditos desta reflexão), gostaria de fazer uma analogia com a criação dos filhos e dos "varredores" do Curling… O excesso de zelo e a necessidade de evitar problemas e "atritos" ao longo da formação dos nossos filhos tem sido muito frequente. Muitos de nós somos os "varredores do curling" na vida dos nossos filhos… A intenção é boníssima, mas as consequências nem tanto. O excesso de proteção para evitar ou minimizar possíveis decepções e "agressões" do mundo lá fora podem atrapalhar mais do que ajudar. O motivo? Estamos criando uma geração que não aprende a se frustrar. Não encontram dificuldades e, portanto, não aprendem a superá-las ou enfrentá-las. Infelizmente, o "mundo lá fora" não é esse leitinho quente não. O mundo é cruel. Acredito que precisamos evitar os problemas, mas tão importante quanto isso é saber lidar com eles.
Ao invés de tentar abrir e proteger o caminho, que tal munir nossos filhos com ferramentas para lidarem com as situações adversas da vida, que certamente eles enfrentarão? Seja um luto, uma decepção amorosa, um "bullying", uma demissão, uma nota baixa ou uma falha, todos eles podem vir carregados de ensinamentos. A resistência e o aprendizado verdadeiro só surgem com a exposição, isto é uma verdade do mundo real que precisa ser passada para nossos filhos. O famoso "Skin in the game" ou colocar a pele em jogo, literalmente!
Paradoxalmente, o excesso de proteção cria filhos desprotegidos. Só aprende quem faz e quem vive. Sempre foi assim! Precisamos ensinar nossos filhos a lidarem com situações adversas, a reconhecerem as próprias emoções, utilizando-as de maneira adequada e respeitando a todos. Compreendo a dificuldade, mas, inicialmente, basta estar ao lado e querer ajudar.
Breno, mas nem eu consigo comigo mesmo, como vou ensinar?! Pois é! Procure ajuda! Estude! E, o mais importante, pratique! Aceitar a falha e trabalhar sobre ela para ensinar o caminho adequado, sem julgamentos, sem grito, sem briga, sem punição, garantirá segurança a eles para dividirem conosco suas angústias, preocupações e problemas reais. Criando esta liberdade dentro de casa, certamente, nós os ajudaremos a ficarem "cascudos", resilientes e sem necessidade de ninguém para "varrer" o caminho deles!
Excelente!!! Parabéns!!!
ResponderExcluirValeu! Se identifiquem!
ExcluirExcelente reflexão. Se ajudarmos a borboleta sair do seu casulo ela não aprenderá a voar e sucumbirá. Mais uma vez parabéns na clareza e desenvoltura para escrever.
ExcluirSempre feliz na escolha dos temas, Dr Breno. Bela reflexão
ResponderExcluirObrigado! Identifiquem-se!
ExcluirExcelente.
ResponderExcluirValeu Bichão!
ExcluirExcelente reflexão, Breno.
ResponderExcluirQue bom que gostou, Helton! Abraço
ExcluirMuito bom! Parabéns!!!
ResponderExcluirValeu Totonho! Abraço
ExcluirExcelente analogia!
ResponderExcluirExcelente reflexão. Muito difícil, linha tênue
ResponderExcluirConcordo! Falar é fácil!
ExcluirMais um texto primoroso, Dr. Tema singelo e difícil colocá lo em prática, mas, tb acredito ser o melhor caminho. Abraço
ResponderExcluirObrigado, meu banco!
ExcluirPerfeito!
ResponderExcluirValeu Thogo! Abração
ExcluirMuito bom, Breno!
ResponderExcluirExcelente reflexão! Educar os filhos para o mundo os torna mais fortes diante da vida.
ResponderExcluirBela reflexão!
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