No último dia 09 de dezembro
de 2012 ocorreu aqui em Belo Horizonte a 14a edição da Volta
Internacional da Pampulha. Esta prova é o meu xodó. Participei das últimas
doze! Neste ano, após um treinamento contínuo e bem mais profissional do que
nos anos anteriores, consegui a minha melhor marca. Completei a prova com uma
cadência de 4’25’’/Km ou 14Km/h!
Muitos me perguntaram como
consegui correr com um tempo tão bacana. A resposta? Disciplina, força de
vontade e orientação profissional. No início do ano passado, conversei com o
meu preparador físico e coloquei a minha meta: completar a Volta da Pampulha em
menos de uma hora e vinte minutos. Durante todo o ano, segui as planilhas
corretamente e o resultado chegou. Não existe milagre, existe dedicação e suor.
Não completei a prova com menos de uma hora e vinte porque o percurso aumentou.
No percurso anterior, completaria em 01:18:55! Objetivo alcançado!
Neste ano, participei de uma
iniciativa muito bacana idealizada pelo Dr. Rodrigo Lamounier: a Volta
Monitorada. O projeto contou com a presença de aproximadamente 40 atletas
diabéticos e 10 atletas não diabéticos. Participei do grupo controle. Todos
tiveram suas glicemias monitoradas de cinco em cinco minutos durante todo o
percurso. Como? Coloca-se um sensor no subcutâneo do braço ou da barriga e,
através de um monitor, registra-se todas as glicemias. No sábado, antes da
corrida, foram realizadas palestras com atletas de alta performance portadores
de diabetes. Motivação total! O projeto é realmente sensacional! Mais
informações no site www.voltamonitorada.com.br
.
A fixação do sensor no meu braço antes da prova.
Durante a prova, aconteceu um
caso bem peculiar e engraçado. Ao participar da Volta Monitorada, no nono
quilômetro, eu deveria colher uma glicemia capilar. Precisaria parar, furar o
dedo, colher o sangue e continuar correndo. Fiquei um pouco preocupado em
perder o ritmo, mas relevei em prol da ciência!
Chegando no quilômetro 9, lá
estava a tenda do projeto. Alguns metros antes, recebi uma pequena toalha para
secar a mão antes de receber a lancetada no dedo. Nada de mais, porém, para não
correr o risco do sangue não ser suficiente, a lancetada era meio bruta. Chupei
meu dedo furado e continuei a corrida. Após alguns metros, olhei para minha mão,
que estava toda suja de sangue. Limpei-a com a toalhinha que havia recebido e
voltei a chupar o dedo ferido pela ciência. Logo depois, estanquei o sangramento
com a toalha e continuei a corrida normalmente. Uns dois quilômetros depois, o
fato fatídico... Normalmente, cuspimos durante o percurso e ao fazê-lo, me
deparei com uma pelota enorme de sangue! “Pelo amor de Deus! Estou tendo uma
hemoptise!”- pensei aflito nos possíveis diagnósticos – “Nestes doze anos isso
nunca aconteceu! Estou morrendo!”. Foram os três segundos mais demorados da
minha vida. Simplesmente havia ignorado que chupara meu dedo ensanguentado e comecei
a “viajar”. Após processar a informação correta, comecei a rir sozinho e pensei:
“Pelo menos mais uma postagem do blog está garantida!”
Gostaria de desejar um Dois
Mil e Galo cheio de saúde e tranquilidade para todo mundo! Agradeço também o Bebeto e a toda equipe Raja Runners pelo suporte. Lembrem-se que os
efeitos benéficos das atividades físicas só ocorrem com a prática contínua.
O atleta da hemoptise, a toalhinha e sua
tradicional homenagem a amada esposa Camila